segunda-feira, 23 de junho de 2008

O mundo mágico de OZ


Desde que comecei a trabalhar com crianças - de palhaça em festas infantis - nasceu uma crescente curiosidade sobre o universo dos baixinhos - olha quem está falando, 1,54 cm hein??
Conversar com crianças, embora nem todos consigam, é uma viagem a um mundo há muito tempo esquecido, deixado pra trás, por culpa dessa doce ilusão de ser adulto, responsável, maduro, pena que muitos deixem apodrecer esse lado tão bonito da pureza do olhar de uma criança.
Crianças, ainda que tentem, não sabem fingir quando não gostam de alguém, elas, simplesmente, te amam ou te odeiam, sem nem mesmo pensar a respeito desses sentimentos, que andam lado a lado, igualmente fortes, não tão contrários quanto se pensa e se fala.
Sempre sonhei, pensei, quis, etc. e tal, ser mãe de uma menina - cheia de fitinhas rosas e blábláblá, mas daí as fitinhas saíram de moda - a qual chamaria de Sara Munyque, sorte dela que agora decidi que quero ter um menino, eles são tão mais práticos e fofos e menos frescos - com exceções - apaixonantes...
Tenho muitas outras coisas pra falar, mas não posso deixar de fazer essa passagem, de mencionar um fato que, simplesmente, poderia não ter ocorrido se essa paixão por crianças não tivesse nascido nesses últimos meses.
Estava eu, numa festa - digamos assim - absolutamente, sozinha, resolvi sentar pra esperar - não me perguntem o quê, porque é segredo - e, de repente, vi que ao meu lado, na outra extremidade do banco em que eu estava sentada, havia um menino. Caindo de sono, dormindo sentado e, às vezes, a mãe dele vinha e dava uns "safanões" nele e dizia pra ele deitar no casaco que ela pôs sobre o banco.
Vixiii, meu coração se encheu de vários sentimentos, “consternamento”, aquela velha reflexão sobre colo de mãe e, até mesmo raiva. Então, pensei: para que criar julgamentos precipitados ao invés de fazer o que posso fazer para amenizar a situação? Aproximei-me dele, e perguntei se ele não queria pôr o casaco da mãe dele no meu colo e deitar, daí ele respondeu com um aceno negativo de cabeça e, em seguida, disse: eu tenho uma “namolada” e ela é bem ciumenta, devo acrescentar que a idade da tal criaturinha fofa é de, apenas, 7 anos e dois dentes a menos no sorriso. Me finei neh cara, impossível não, daí pra frente só me diverti, conversamos sobre nossos pais, descobrimos que tínhamos algo em comum e ele me falou da escola, da namorada, sempre da namorada, ele perguntou se eu tinha filhos e era casada e, até teceu o seguinte comentário: primeiro tem que casar, depois ter filho, a mulher nunca tem filho sem o homem... de matar neh? e pasmem, quando espirrei ele disse "saúde". Gamei, totals. Depois descobri que a tal da namorada, estava ali também e tinha +- uns 13 anos - essa foi outra que me trouxe várias reflexões preocupantes, a cerca da adolescência, que decadência!!! - e, claro, que ela nem sabia que era namorada dele. Comprei um refri que ele tomou inteiro em 3 minutos, não sei como. A essa altura o sono dele já tinha sido substituído por um esparramo total, cantamos todas as músicas, ele sabia todos os refrões, e eu já tinha feito amizade com a mãe dele e com as irmãs também, elas não estavam entendendo nada. O que eu fazia ali sozinha, numa noite fria, conversando com um menino de 7 anos... Nem eu sabia, apenas, segui um instinto - de mãe?? - e não me arrependi nenhum minuto sequer. Por fim, ele não queria mais ir embora, então, eu disse à mãe dele: teu filho é muitooo inteligente, maravilhoso! Ela sorriu, não sei se tinha escutado isso a respeito de algum dos seus 5 filhos.
- Dá um beijo na tia e vai com a mamãe, ele deu, me olhou, sorriu e foi... aff, ficou frio do meu lado.
Essa não é uma discussão sobre classes sociais, nem desigualdade, nem um papo sobre “como criar seus filhos”, é, apenas, um momento lindo que gostaria de compartilhar com quem queira ler.
Fica sozinho aquele que quer, há tanta gente linda ao nosso redor. Pra que nos apegarmos as mais convenientes, mais próximas, mais conhecidas, mais seguras?
Nunca dispenso essas oportunidades de conhecer pessoas novas - com exceção dos bêbados chatos de fim de festa e os malas que se acham muito.
Por quanto tempo vou guardar aquele rostinho na memória?
José, é dele que falo... esse nome mais uma vez José.
*****
No mais, o finde foi um panapaná no estomago.
Em um mar de engenheiros.
Aix.....

2 comentários:

  1. Primeiramente deixa eu esbanjar um pouquito do meu sarcasmo ashuahsus
    miga ele só tem 7 anos, eu sei que tu se amarra nos garotinhos mããs ahahahaha

    brincadeirinha!

    eu acho criança ótimo, cara! e quero ter uma menina, já tem até nome, quero quero quero, mais do que casar! )bem mais, casar definitivmente não é um bom negócio)

    Eu adoro conversar com crianças, sou apaixonada pelos meus sobrinhos, criaturas que nos amam "apesar" de qqr coisa...

    Eu bato altos papos cabeça com o Rafinha (filho da Deise) tu precisa ver os conselhos que ele me dá, parece mais racional e adulto que eu muitas vezes hehehe!

    mar de engenheiros é sempre bom!

    te amo, mamica!
    deu vontadinha de conhecer o José tb, que coisa fouufa!

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  2. Como assim? cabra silvestre??? huauhahua
    me mijei né

    huauhahuahuahuahuuha

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Abertamente falarás, abertamente o ouvirei