Lembro de muitas das crises que tive, por culpa – minha – de toda sorte de razões, desde uma simples paixonite aguda - daquelas de chorar dias inteiros por perder o grande homem da sua vida - até problemas de saúde bastante preocupantes. No entanto, não lembro sequer de um Agosto que tenha começado como este, tão estranho que chega ao ponto de ser indescritível. Odeio usar esse tipo de expressão clichê quando não quero dizer o que sei que tenho que dizer, ou seja, um “fiquei sem palavras” pra MIm significa nada mais do que um “nunca sei usar palavras” e nada menos que um “não posso dizer o que, realmente, quero dizer. Por fim – desse parágrafo – escolho a dissolução do causo: não me permito falar mais sobre o que faz mal, apenas sobre o mal em si.
Agosto sempre foi o mês que eu mais esperava, por ser o mês em que nasci. Nunca faltava as aulas no dia do meu aniversário, acordava cedo, tomava altus banho – odeio tomar banhos de manha - e ia toda disposta, me fazendo de louca, até que alguém, finalmente, dizia “ahhhh gente, hoje é o niver da Mi”, geralmente era a Dai – Daiane - quem fazia isso, a minha única e melhor amiga até a oitava série – um dia escreverei sobre nossas poucas e boas aventuras - depois, no ensino médio, eu já tinha angariado outras amigas e daí chegava no colégio e era aquela festa de abraço e choradeiras de bilhetinhos – tenho todos guardados – e vários parabéns cantados. Que puta saudade!
Depois que virei gente - digo isso porque adolescente é um bixinho, que consegue ser fofo e ridículo a maior parte do tempo – veio o tempo de comemorar os nivers no trabalho, ahhhh minas colegas sempre me deduravam aos clientes: hoje é aniversário dela e eu, logicamente, me fazia de brava e mostrava aquele sorriso.
Meus únicos dramas circulavam entre o que comprar pra mim mesma, aonde ir, um alguém que havia esquecido - afinal de contas, ainda não tinha o orkut pra ajudar a lembrar, se bem que eu nunca precisei desse recurso pra lembrar do aniversário de pessoas que amo – e no mais, só a felicidade de um dia tão normal e especial.
Quem me conhece sabe que carrego uma mais que expressiva carga de melancolia – e a tal tendência depressiva – e por isso, nunca deixei de viver a melancolia de um ano a menos de vida ou um a mais vivido – conforme preferirem - não deixava de refletir sobre e muito menos de aproveitar muito.
A diferença é que hoje o contrário acontece, a dose chata de melancolia não me larga e esse nem parece o mês que sempre esperei.Não há o que comprar, tão pouco há a preocupação de onde irei, não tenho mais as minhas grandes amigas ao meu lado e a cada ano uma a mais esquece desse dia. Talvez, eu nem tome aquele banho de manha, enfim, pela primeira vez na minha vida, daria tudo pra não trabalhar nesse dia, porque é bem capaz de eu desatar num choro na hora que um contribuinte olhar pra mim e dizer “feliz aniversário”. E quanto as aulas, têm se tornado noites intermináveis de cansaço.
Tudo bem, eu sei que as pessoas mudam e essa poderia ser a maior explicação pra todo esse contraste, seria se eu não soubesse as razões verdadeiras, sobre as quais, conforme digo e repito mil vezes/dia pra mim mesma, não quero/posso/devo falar.
Pode parecer ridículo, mas todo meu desejo se concentra em me tele transportar pra meados de março de 2010 e daí sim, fazer a contagem regressiva para aquilo que considero a melhor coisa que farei em minha vida. E se vocês estão pensando em algo como formatura, erraram feio. Quero sim, uma vida mais simples, não por ser mais barata, mas por ser bem mais difícil, quando se tem a noção do que esse estilo de vida requer.
Ahhhgosto inicias assim tão débil, de desgosto certo, de planos furados, projetos enguiçados, algo como “dei com os burros n’água”.
Toda noite, ao fim dela, resta, apenas, o cansaço de mim mesma, de todos os meus lamentos murmurados ao escuro, sem ninguém pra ouvir a agonia que isso tudo se tornou.
Ahhhgosto que teu fim chegue logo e até 2010.
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Dos crucificadores aos cruficificados:Assim como toda história tem dois lados, concedo esse espaço, mais que merecido, ao tripudio.And now u trying to tell me that you're sorry and you're trying to come back home
You're telling me you really need me crying, begging, both knees are on the floor
But Baby I.…
Don’t wanna try, Don’t wanna try, Don’t wanna try no more.
Don't Wanna try - Frankie J
You're telling me you really need me crying, begging, both knees are on the floor
But Baby I.…
Don’t wanna try, Don’t wanna try, Don’t wanna try no more.
Don't Wanna try - Frankie J

não li o post, leio depois e comento... Achei lindo o novo visual, tudo mais colorido sem deixar de lado o pretinho básico! Adoreio!
ResponderExcluiraaaaaaaaaaaaaaaaaah
ResponderExcluirmas tu ainda tem amigas assim sua chata :(
:(
:(
:(
e eu nunca iria esquecer teu niver....
adorei o blog florístico \o/ eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Florístico fui eu que inventei :D
ResponderExcluirÉ, creio que tenha ficado confusa essa questão das amigas. Deveria ter colocado velhas amigas.
ResponderExcluirPorque, hoje, eu tenho a Guiga, é véinha, mas é boa demais..
sem duplos sentidos.. auauha
te amo cabrita
miCA
hahahaahahahaha
ResponderExcluirEu aceito o duplo sentido (Y)
beijo, minha pequena!