Não estou procurando causas, culpados ou consequências, o fato é que de uma vez por todas _e por todos_ preciso assumir que mudei, mais do que costumava mudar... O olhar, a frequencia do riso, do choro, da fala...
O mau humor das segundas contaminou o restante dos dias e eu, simplesmente, aceitei e me acomodei da forma mais confortável possível.
Não estou dramatizando, sou exagerada eu sei, mas fujo do"vitimada"... Não me tornei uma carrasca, absolutamente insuportável, criando uma grossa casca e separando-me do mundo. Eu, apenas, voltei pra dentro de mim, passei a morar em minha morada e deixei de correr atrás de sorrisos, de carinho, de companhia, de uma presença, na qual parecia que somente eu estava presente. Percebi, então, que se não as procuro, elas também não farão, e confirmo a tese de que era eu quem precisava de tudo isso... Só eu...
Isso é, de certo modo, triste, não decepcionante. É o preço que paguei por esperar gestos, atitudes, palavras dos outros, se eu mesmo não suporto, que esperem de mim qualquer coisa, e ainda mais, que me cobrem.
Eu fui segundo plano pra muitas pessoas, sendo que pra outras eu nem sequer fui plano, mas nem por isso deixei de pôr algumas dessas pessoas em pedestais, procurando-as, demonstrando-as a importância de suas companhias; e no fim sempre a mesma coisa, se eu não zelo o elo, a corrente enfurruja e arrebenta.
Então, aqui dentro do refúgio que construi pra mim, sinto que sou minha base. Com minhas letras, músicas, leituras, escuro, silêncio, reflexão, essas são minhas atuais companheiras e, por vezes, a insônia.
Não estou falando de me exilar, idealizar uma vida de auto-suficiencia, "just me and myself". Não, não!! Isso é utopia, coisa de doido "varrido" e eu só quero varrer o que aparentava ser, que me afastava do que realmente sou. Embora aparentasse ser alguém melhor, nada pode ser melhor do que a sinceridade.
Ok, bye bye, simpatia fingida, riso constante, choros em público, procura desesperada por algo/alguém, esperas frustantes de recompensas.
Deixa fluir, o ar de autoritarismo, a fadiga do cotidiano, um "Q" de tristeza e melancolia, o "neutralismo", entre outros.
Permanece algumas paixões, música, livros, obrservar e refletir sobre a vida, certo sentimento de incapaciadade e tals.
E por mais absurdo que pareça, foi ao abandonar o outro e mergulhar em mim mesmo, que consegui me igualar, derrubar pedestais, conhecer capacidades, lutar por mim e olhar o outro, não porque veja nele minha salvação da solidão e sim como alguém, que precisa se descobrir. Consegui parar pra pensar em suas vidas, em seus sonhos, mesmo que não participe, eu observo, tiro minhas conclusões, eliminando (ou tentando eliminar) julgamentos.
Quero abolir tudo de ruim que me liga aos outros, opniões, préconceitos, necessidades, cobranças... Pra que possa construir uma corrente que não enferruge ao tempo, que não desgaste, como os sentimentos.
Não sei se estou feliz aqui, agora, é escuro, mas posso acender as luzes, é calmo, mas posso gritar comigo mesmo, é parado, mas posso sair pra caminhar, não é vazio, porque estou enxendo-o de esperança...
Ainda olho por vocês, mas tenham certeza, hoje olho mais por mim... E não adianta encontrarem culpados, fazerem cara feia, etc, etc... O que fazer? Não há o que fazer...
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
O que fazer?
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mimi
ResponderExcluirBem criolinha... eu soh grosso as vezes? Eu sei... so sorry baby!
ResponderExcluirSe precisar de um ombro pra chorar... eu estou aqui... voc^^e pode até não acreditar, mas acho que se tem algume que se importa pra valer com você nessa vida, esse alguém sou eu... como eu disso mesmo que você não acredite....
beijokas!