Coração burro

Estou caminhando, ouvindo música e a sensação se repete. Não sei se acontece o mesmo com outras pessoas - normais - mas, comigo é inevitável e minha vida se transforma cena a cena numa trilha sonora sem fim.
Por todo lugar que caminho, sinto-me parte de um filme, na cena em que o ator anda sozinho e toca aquela música de derramar litros de lágrimas.
Tenho andado, involuntariamente, com os olhos marejados, sempre prontos pra desaguar e, portanto, em caminhadas como essas, permito-me viajar, deixar escorrer tudo que há de ruim, de saudade, de mágoa, de vontade contida...
Às vezes, o meu desejo é de nunca chegar ao local para o qual me dirijo, sempre eternizo momentos como esse, como os mais em paz de toda a minha vida. É o maior encontro comigo mesma, tempo de total introspecção - e “auto-xingamentos”. Nos quais me permito falar de vida, questioná-la, mesmo que só haja o eco de minha própria voz.
Concluo coisas, depois discordo, faço planos, altero-os, canto baixo e alto, leio propagandas, olho pro céu, sintonizo-me com a naturalidade da vida, espanto-me com a simplicidade das coisas.
Juro que queria escrever um post altamente recomendável, mas hoje teria sido de maior utilidade uma caminhada sem destino, protagonizando mais uma vez essa história, sem pé nem cabeça que colocaram nas tais linhas tortas do meu destino.
Queria tanto estar refeita e satisfeita, pôr um som descontraído e pular por qualquer motivo.Mas, não posso trair a música, não posso cantá-la sem a emoção que merece, sem a atenção que pede. Porque ela tem sido minha mais fiel companheira, por mais que eu a abandone.
Por enquanto, fico nesse canto a remoer pensamentos.
Não está ruim, quando penso que pode piorar, não está bom, quando tenho plena certeza de que a vida vai melhorar.
A maior conclusão da última caminhada foi: - o amor é uma flor roxa que nasce no coração dos trouxas - a vida sem amor não é vida, mesmo que ele esteja longe, mesmo que ele não a queira mais, mesmo que tenha esquecido tudo, te apagado, que nunca tenha te amado, o sentimento de amor está ali, não sinto vergonha dele, nem ele de mim, nos aceitamos, nos pertencemos. Acho ridículo pensar que amar alguém demais é sinal de falta de amor próprio, porque pra mim o amor não é uma escolha, é uma condição para sermos felizes. O amor é um sentimento tão bom - bobo - que quando vem nos encontrar dá carona pra vários outros sentimentos - pelo menos o amor tem carro né gentemmm? - que, por vezes, acabam usurpando a velocidade do amor, deixando-o lá atrás, ocupando seu papel. O orgulho é um deles, apenas um dos mais oportunistas.
Mas, não importa mais, não há o que fazer quando falamos dos sentimentos dos outros, mesmo que um desses outros pudesse fazer total diferença na sua vida. Alguns preferem falar mal do amor, quando algo dá errado, eu quero pra sempre tê-lo próximo a mim, sem medo, sem receios, ainda que não por inteiro. O amor é o meu maior combustível.

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Enquanto isso no banheiro da casa da Guiga:

Gui: Saco, amanha tenho que fazer a vacina da Rubéola. Se bem que só prejudica mulheres grávidas.

Mi(jando): Sério?? (a mais ignorante). Não sabia disso Guiga, então, nem vou fazer.

Gui: é, a criança pode nascer com problemas.

Mi(jando ainda): Acho que minha mãe tava com Rubéola.

Gui: aixxx louca, problemas tipo cego e tal.

Mi(jando, última gota): Então, por isso mesmo, cegueira.

Gui: Aix Mi, nosso problema é outro, CORAÇÃO BURRO!

:( lindo né?

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Agda Silva, declaro nesse, em todo e qualquer dia meu eterno amor por você...

Que muitos desses finais de semana possam se repetir pra que possamos aproveitar mais e mais esse presente que é nossa amizade.

PS: adivinha!

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É claro que regados a muito "samba" lelele... puta merda, não consigo parar de rir.

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