sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A vida pedindo urgência


Estava a um passo de fazer o MEME dos filmes, que havia prometido pra Guiga, mas levei um soco na boca do estômago que atingiu ao meu coração. Não que as frases de filmes não fossem boas – mereciam de fato "o remember" – mas, a cena que presenciei dispensou qualquer frase, porque fui tomada por um sentimentalismo, o qual ficará para sempre, desnomeado, que só ao silêncio chama, só por ele clama.
Há um tempo fiz um post sobre um episódio incrível e de estrema sensibilidade que ocorreu comigo, por culpa dessa minha mania "subjetiva" de escrever as coisas, talvez, não tenha ficado claro do que se tratava.

Saí pra caminhar e desopilar a mente – funciona – e enquanto voltava, encontrei uma senhora, bem velhinha e, aparentemente, moradora de rua, ela estava comendo um pastel e quando passou por mim sorriu, não consigo relembrar dessa cena sem me arrepiar toda, foi um momento único entre nós duas, como se ela estivesse me dizendo algo do tipo: “por favor aprenda a ser feliz com o que tens”. Emocionei-me e segui meu caminho, enxugando as lágrimas, nem lembro a música que tocava, afinal, eu estava ouvindo uma outra voz naquele momento.
A única semelhança desse fato com o que narrarei agora, é a idade. Hoje, indo pra casa almoçar, o banzo de repente parou e percebi um tumulto, levantei-me – como toda e boa brasileira curiosa – e, no instante seguinte, arrependi-me, no chão o corpo de um velhinho, grudado na sua bicicleta, sangue escorrendo pelo asfalto. Isso cortou meu coração, os pés descalços, a roupa surrada, a idade... Simplesmente, chorei engasgada no meu silêncio. Chorei até a dor passar. E doeu demais.
Não sei, absolutamente, nada sobre aquela vida, nem mesmo se, ainda, é vida ou já é morte.
Em horas como essa, sinto a urgência da vida, não de um viver com pressa, mas de um viver, vivendo.
Muito triste...
******


Guiga, to chegando amiga.
Poderia postar a “Touch my body” again, mas já to me sentindo perva o bastante.

2 comentários:

  1. =::::::::::::::((

    É a morte traz grandes lições mudas que dizem todas as palavras que se precisa ouvir.

    ...

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  2. Aim que triste isso amiga!
    Ser feliz com o que se tem...só os nobres de coração conseguem..eu confesso que tento, mas é difícil
    :( sinto muito...

    e tu tá aqui ebaaaaa \o/

    ps: pensei em comentar outras coisas a mais...porém iria ficar muito gay de novo haushaushasa

    te amo!!!

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Abertamente falarás, abertamente o ouvirei