A singularidade da Vida

A pluralidade dela eu desconheço, suponho que poucos despenquem tempo seu pra pensar no significado disso tudo. O tempo é como toda e qualquer torneira d'água com vazamento, por mais que a fechemos, sempre pinga aqui, ali, aquele som ao tocar o chão, o ritmo daquela melodia que não desperta, mas fica cantando ao tempo correndo, tempo acabando. E por isso, diante disso, passo a ver a vida como singular - por mais que acredite na futura pluralidade. Ela é, na minha verdade, um acumulo de singularidades que não a torna plural, porque todo momento é único e juntando todos não há ainda um sequer qualquer sinal de pluralidade.
Não há o parcialmente semelhante, não há o "repeat please", a vida não pode ser encarada como aquela dieta que iremos começar na segunda-feira da próxima semana, que se prolonga até o mês seguinte e se acumula nos anos que virão - e os kg também. Não dá pra ficarmos a vendo como aquele vestibular que iremos fazer, o curso no qual vamos nos matricular, a carta que escreveremos, o passeio que iremos no próximo verão, a festinha de aniversário da sua melhor amiga (ou desconhecida) que com certeza não faltaremos no próximo convite. Se ele vier... Se alguém, ainda, lembrar que existimos, escondidos em nosso mundinho que chamamos de vida.
Se você quer viver adiando alguns planos, pois que o faça, tem certas coisas que vem no tempo certo e que ao tentarmos realizar antes da hora, apenas, fazem os ponteiros de nossos relógio girarem ao contrário. Mas, não deixe de fazer alguma coisa... Não espere a vida lhe dar sustos, prefira acordar em uma manha calma - depois de uma bebedeira com amigos - do que em meio a mais uma tentativa desesperada dela ao tentar lhe acordar desse sono, que pode ser, ainda, denominado: rotina, ganância, etc.
Uma entre as tantas tentativas de a vida nos acordar se chama "perda", quando nos deparamos com ela, levamos um susto e o arrependimento surge de imediato. Falo de perda pra morte e de perda pra vida... Quando as pessoas, simplesmente, seguem e não podem mais nos arrastar com elas. E por isso, quando um susto levares, não faça como fizemos todas as manhas quando o celular desperta, viramos para o lado e dormimos mais os sagrados 10 minutos. Porque a vida não é tão moderna, não tem despertador programado pra tocar várias e várias vezes, até, finalmente, nos conformarmos que é hora de levantar - a cabeça - e seguir.
O único plural que existe, quando falamos de vida, é o número de oportunidades que perdemos, por mais que os motivos sejam distintos, a perda traz sempre, aquela sensação de impotência.
E o tempo continua escorrendo, gota a gota, até que concertemos a torneira. Até que deixamos de vazar em meio a coisas inúteis e fúteis. Perdendo o brilho e o gosto natural da água que dá vida.
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Estou escrevendo sobre isso por:

PRIMEIRAMENTE:

Nesse finde, a minha amiga – LINDA – Ágda me apresentou pra tanta gente legal, familiares e amigos e esse encontro me fez pensar: já pensou se eu tivesse perdido?
Beijo especial pra Suh, Re, Bruh (não tem pão vellho), Mi (pela carona, sobretudo), Sa(brina) poderosa no seu estilo, Deise (no recreio dela) e aos seus respectivos bofes – às que tem essa sorte de ter bofe. Ahhh e pro Thiago também, que fala muito durante a noite, ou não dorme neh.

SEGUNDAMENTE:
Porque hoje é o niver de um cara, carioca, um amigo das antigas que me ensinou muito disso, sobre o despertar pra vida, de acordar pra ela antes que a vida caia em sono profundo diante de nossa monotonia. Ele é um artista, um amigo, simples, companheiro – e ama tudo o que escrevo, coisa de leonina... uhauha. Ele nunca deixou a distancia nos afastar, faz dela uma saudade de nossa amizade, talvez uma dorzinha no coração por morarmos longe, mas nunca a usa como pretexto pra se mostrar ausente. Ele é (um) presente. Para você, hoje e sempre, muita inspiração... Meus sinceros agradecimentos por ter me escolhido como amiga. Ele é, lógico, singular.

Feliz Aniversário, amigo querido (prefiro não citar nomes)
Te amo, muito muito, sempre sempre...

By trOiAnA22