Resumo

Este é o fim de ano que mais tem cara de fim... E menos tem cara de festa de fim de ano, das típicas que se vive.
Por incrível que pareça - ainda que seja ridículo parar para pensar nisso- não sei onde vou estar quando os sinos badalares, ainda não sei que cor vestirei, com quem estarei, como chegarei, o que beberei, etc, etc, etc. Ou seja, a super organizadora dominadora de seus horários e regras, simplesmente, está deixando-se rolar 2008 a baixo... Porque, finalmente, ela (ou eu) entendeu que 2009, 2010, 2011 são apenas montanhas que ela terá que escalar, escalar, esperar o tempo certo pra chegar ao cume, fincar a própria bandeirinha lá no topo e deslizar como presente do: “eu consegui sobreviver a carga que carreguei durante toda a passagem”.
Tudo bem que ao fim de cada ano a entrega é tamanha que ela vem rolando e atropelando muitos pensamentos – e pessoas – sonhos, sentimentos e “desplanos”, mas e daí? Ao menos agora ela sabe que não há tanto segredo nem rito de passagem que mudará a jornada da montanha que a espera, assim como fora em 2006 e 2007. 2008 foi uma das mais difíceis de subir, e na sobrecarga muitos pesos foram sendo deixados pelo caminho, mas no fim, ficou mais pesado ainda não tê-los. Sem apelos, por favor, falta pouco pra ela se lançar com um sorriso, até tocar a ponta dos pés no mar, agarrando-se a ultima nuvem na qual puder encostar.

Encerra-se o ano sem emprego e sem medo...
Sem amor e sem a certeza de que ama tanto quem jurava amor eterno.
Sem saudade e uma gota de esperança... sem velhos sonhos de criança...
Uma taça à mão, um sopro e plim...
Quer maior motivo pra viver do que encontrar-se vivo, depois de passar-se por morto dias e dias?
Quer maior lição do que a tal: ninguém morre de amor, tão pouco vive sem ele ou (d)ele.

Quer maior gratidão do que ver no sorriso de um amigo algo que lhe diz: “eu daria meus pés pra cruzares essa montanha gigante chamada 2009”?

Meus amigos, em 2009, não quero que seus pés caminhem por mim – talvez só uma mãozinha – quero suas pegadas ao lado das minhas. Porque no fim ela (ou eu) também descobriu que estamos, todos, da mesma maneira cruzando fronteiras desconhecidas do nosso pensar, amarE viver...
Agarre-se a mim, o vento nos guiará...
Foi bom tê-los em 2008...

Prontos para o vôo??

(Faltou concordância de pessoa? Absolutamente proposital)
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**By trOiAnA22